Textos para site sobre AICS 01.0002
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ArtigoNão
Serial19
Data05/02/2002
FonteExame
Assunto do AICSNão
MancheteBrasil cai no ranking de competitividade
ResumoO Brasil perdeu quatro posições no ranking anual de competitividade das nações elaborado pelo IMD, Institute for Management Development. O relatório, que analisa 314 indicadores sobre 49 países, foi divulgado nesta segunda-feira e serve, desde fins dos anos 80, como sinalizador das vantagens e riscos competitivos dos países avaliados.
IntegraEntre as 49 nações, o Brasil caiu da 31ª para a 35ª posição, voltando ao posto que ocupava em 1998. Segundo o relatório, a perda de competitividade nacional é resultado, principalmente, das mudanças nos fluxos internacionais de capitais, isto é, à vulnerabilidade brasileira no cenário externo, que afetou quase todos os países emergentes, que precisam de poupança externa e se tornam mais frágeis quando a economia mundial entra em desaquecimento, como ocorreu no ano passado.

Apesar da crise aberta a partir de 11 de setembro na economia norte-americana, os EUA permanecem em 1º lugar no ranking de competitivdade, seguido por Finlândia, Luxemburgo e Holanda. Singapura caiu da 2ª para a 5ª posição no relatório deste ano.

Na América Latina, apenas o Chile e a Colômbia melhoraram no ranking. A Argentina caiu de 43º para a última posição, enquanto o México passou da 36ª para a 41ª e a Venezuela se manteve em 48º.

Toda a análise de vulnerabilidade externa dos países latinos fica evidente quando se vê o desempenho brasileiro, em 2001, no item "Investimento Internacional": despencou de 9º, em 2001, para 25º, em 2002. A economia brasileira apresenta também um dos piores saldos em conta corrente do mundo em termos absolutos (47ª posição) e em relação ao PIB (43ª posição). Para o IMD, estes indicadores sinalizam claramente que o país deve enfrentar muito em breve os desafios de sua vulnerabilidade externa.

Segundo o relatório, a eficiência governamental brasileira melhorou em relação à educação, subindo da 45ª para a 42ª posição, graças à melhoria nas avaliações dos sistemas educacionais e educação universitária. Essa recuperação, no entanto, não diz respeito aos problemas estruturais da educação. O país ocupa o 40º lugar em educação secundária, 43º em educação superior e 45º em analfabetismo de adulto.

O quadro social se agrava ainda mais com a análise dos indicadores de saúde. Entre os 49 países avaliados, o Brasil fica em 45º em infra-estrutura de saúde, 44º em expectativa de vida e 42º em assistência médica e em 40º em abuso de drogas e álcool. No quesito social o Brasil só supera Filipinas, Turquia, China, África do Sul, Indonésia e Índia.

Em relação à eficiência dos negócios, o relatório aponta uma nova queda brasileira: da 28ª para 33ª posição. Dentre os 54 indicadores avaliados sobre eficiência de negócios, o Brasil piorou em 29, enquanto apenas 12 melhoraram substancialmente.