Artigo | Não | |
Serial | 11 | |
Data | 01/01/2002 | |
Fonte | ||
Assunto do AICS | Não | |
Manchete | VENDAS MAIORES, MAS COM PREJUÍZO | |
Resumo | As 500 maiores empresas tiveram, juntas, um prejuízo de 3,7 bilhões de dólares | |
Integra | No ano passado, as 500 maiores empresas brasileiras obtiveram um faturamento global de 263 bilhões de dólares, contabilizando um resultado 4,8% superior ao registrado em 1998. Um dos efeitos da maxidesvalorização do real, no início de 1999, foi um achatamento das receitas de muitas empresas quando convertidas em dólares. Um exemplo é a Volkswagen, que sustentou sua posição de liderança na lista com um faturamento de 4,7 bilhões de dólares contra 6,6 bilhões em 1998. Outro impacto da desvalorização foi sentido na rentabilidade das empresas. No conjunto, as 500 tiveram prejuízo de 3,7 bilhões de dólares, em comparação ao lucro de 5,8 bilhões em 1998. Apesar do período conturbado, empresas que apostaram na recuperação da economia se deram bem. Duas companhias da área de telecomunicações tiveram um desempenho contrastante. A Telefônica apresentou o maior lucro entre as maiores empresas privadas do país: 515 milhões de dólares. A BCP, que explora a banda B celulares em São Paulo e no Nordeste, acumulou o maior prejuízo (816 milhões de dólares). QUEM PODE PODE Este comportamento no seletíssimo mercado das grandes empresas - muitas com poderes de faturamento governamental (*) - não se estende ao restante da economia que não teria capital e nem fontes de obter tais recursos financiados. Este quadro espelha muito bem a necessidade do controle da rentabilidade real nas empresas. (*) Faturamento governamental é o controle direto do faturamento pelo aumento de taxas ou tarifas. Assim ocorre com as empresas de telecomunicações e de energia elétrica. São empresas que exploram necessidades básicas da economia e, na prática, não existe concorrência e nem regulamentação que limite suas atividades.enbsp; |